terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como te vejo

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[leia como se estivesse olhando para o espelho]


Hoje te vejo como menino perdido
Confuso que não sabe onde foi que se perdeu
Te vejo como tempestade em copo d’água, buscando grandes coisas onde as respostas são simples
Te vejo um tanto que acuado, se defendendo antes mesmo de alguém acusar
Te vejo de longe e o vejo longe de qualquer coisa que te faça ver o que é verdadeiro
Te vejo em fuga, sempre em fuga
Você foge do que é certeza e corre atrás de incertezas certas pra você
Não procura enxergar com outros olhos, nem pára pra pensar em outros pontos de vista
Ah como eu te vejo Você não liga de ver a insegurança que gera nas pessoas
Nem se preocupa com os sentimentos que provoca
Você pensa que engana, mas na verdade está se enganando, e ainda assim quer acreditar que está certo
Te vejo como alguém que se esquiva como se fosse indefeso
Parecendo que tem medo de encarar pessoas que você sabe que tem um pouco ou muita razão no que falam
Te vejo como que arisco, inerme, meticuloso em tudo que vai dizer
Usa de expressões confusas para se proteger de qualquer palavra que fuja do que você almeja ouvir
Hoje te vejo como quem ainda não se encontrou
Como quem ainda não se conhece nem sabe o que de verdade quer
Te vejo inteiramente instável, inconstante e sem verdades concretas.